A palavra grega traduzida para "novo" nesse versículo é "neos", que significa novo em tempo, recente, jovem. O vinho novo aqui representa Cristo como nova vida, plena de vigor, que empolga e impulsiona as pessoas. O vinho novo é a vida encorajadora de Cristo. A vida divina é comparada ao vinho que tem poder animador. Quando recebemos Sua vida, ela opera dentro de nós, nos fortalece e traz satisfação em nosso íntimo. Nesta passagem, o Senhor Jesus não é apenas o Noivo para o desfrute do povo do Reino, Ele é também a nova veste para equipá-los e qualificá-los externamente a fim de participarem da festa de casamento. Além disso, Ele é também o vinho novo, ou seja, a nova vida que nos faz renascer interiormente, nos fazendo capazes de desfrutá-lo como o Noivo.
O Senhor, portanto, é o Noivo para o desfrute das pessoas do reino e o seu Reino celestial é a festa de casamento (22:2). Para desfrutá-Lo como noivo na festa do Reino, eles precisam Dele como a nova veste exterior e como o vinho novo interior.
Consideremos o exemplo do filho pródigo. Após vestir a melhor roupa, o filho pródigo ainda poderia dizer a seu Pai: "Pai, a melhor roupa satisfaz ao Senhor, mas não a mim. Eu ainda estou faminto e preciso ser satisfeito." Imediatamente o Pai ordenou ao servo para matar o novilho cevado e disse: "comamos e regozijemo-nos". Assim, a provisão do Pai não é apenas para algo exterior, mas também para uma realidade interior. Precisamos se cobertos exteriormente, mas também precisamos ser preenchidos interiormente. Naturalmente, somos tão pobres exteriormente e tão vazios interiormente! Precisamos das vestes sobre nós por causa do Pai e do vinho dentro de nós por nossa própria causa, para nossa satisfação. Precisamos tanto da nova veste como do vinho novo. O Senhor é a nova veste para nós e, Aleluia!!! Ele é também o vinho novo. Ele é a nossa cobertura e também o nosso conteúdo. Ele não apenas nos qualifica, Ele também nos satisfaz. Portanto, Ele é nossa qualificação, nossa satisfação, provisão para nossa necessidade exterior e para toda nossa fome e sede interior.
"Não se põe vinho novo em odres velhos..."(v.17). "Odres velhos" significam práticas religiosas, tal como o jejum defendido pelos fariseus na velha religião e pelos discípulos de João na nova religião. Aliás, todas as religiões são odres velhos. O vinho novo necessita de um odre, um recipiente novo. Na antiguidade o vinho era armazenado em um recipiente feito de pele animal. O vinho novo devia ser guardado em odres, igualmente novos, pois o vinho novo, em seu poder fermentador, expande e quando isso ocorre o odre novo tem condição de juntamente expandir com ele. Colocar vinho novo em odres velhos corre-se o risco do vinho estourar o odre e perder todo o vinho. Na prática, por vinho novo em odres velhos é pôr Cristo, como a nossa nova vida, dentro de algum tipo de religião. É tentar colocar Cristo dentro de algumas práticas de rituais e formalidades religiosas. O povo do Reino nunca deve fazer isso. Eles devem pôr vinho novo em odres novos, ou seja, receber Cristo em nosso viver renovado, longe de toda prática religiosa.